Tem a elegância das mulheres cultas, bem-sucedidas, que viajam pelo mundo, e falam fluentemente mais de dois idiomas. Sua terra natal poderia ser a Escócia. Possui uma identificação com a cultura de lá, desde o início da juventude. A estranheza maior sobre a sua história, não é ela ter sofrido um estelionato amoroso digital – que ela descreve com detalhes e algumas licenças poéticas no seu livro – mas, ter sobrevivido a ele de forma tão surpreendente. A tal elegância de R. Stuart não é apenas sobre se vestir, ter cultura e se comportar segundo os códigos sociais – e sim sobre se acolher, se reinventar e se revelar ainda maior que seu destino, mesmo com a saúde, a confiança da família e os recursos financeiros seriamente abalados. O pseudônimo R. Stuart poderia ser assumido por muitas mulheres, e por homens também, no quesito da boa-fé amorosa da história, como confirmam estatísticas mundiais. Mas, a resiliência e a bela redenção são muito pessoais.
Uma obra baseada em fatos reais, por isso está enquadrada na categoria Crime Real. A autora optou inicialmente pelo anonimato e está usando o pseudônimo…