A leitura e a escrita sempre apoiam a emancipação da Mulher. Seja por proporcionarem a compreensão de necessidades e desejos, seja pela abertura ao entendimento do verdadeiro papel na sociedade ou ainda por elucidar os próximos espaços a serem conquistados. Espaços que também permitam a independência financeira, a autonomia, a liberdade e o poder de decisão.
A imposição de papéis limitados exclusivamente ao espaço do lar ou a maternidade compulsória também é vencida com conhecimento. A leitura e a escrita desafiam as regras, territórios e fronteiras que foram historicamente habitados apenas por homens e agora passam a ser escolhidos e conquistados também por mulheres.
O protagonismo feminino está na inspiração das obras, mas, sobretudo, na produção das obras com a sua própria voz. Esse voo sempre permitirá que a Mulher pense, questione e ultrapasse estigmas e estereótipos. Afinal, o registro oferece poder. A falta dele provoca inverso: a ausência, a invisibilidade ou a falta de reconhecimento.
A construção das histórias precisa ter mulheres. A diferença não é um problema, a hierarquia distorcida, sim. As mulheres não podem ser inferiorizadas por serem mulheres, como se a feminilidade não fosse compatível com outras atividades.
Sempre vai existir campo para a convivência harmoniosa com papéis compartilhados e dialogados, com respeito e amor.
Feliz dia que merece ser refletido, lido e escrito, feliz dia da Mulher.
Fabiana Aragão
Publicitária, Mestre em Administração, Editora da Futucacuca.