Futuca Cuca

Desde os primórdios, a humanidade utiliza o fogo e os temperos para transformar carnes e vegetais em refeições e, assim, saciar a fome e manter a própria sobrevivência.

 

Das diferentes regiões às quais o homem foi colonizando e explorando ao redor do planeta Terra resultou-nos hoje, além do grande espectro de diversidade cultural humana, também uma pluralidade gastronômica imensa e intensa, trazendo a cada região, a cada povo, uma riqueza refletida em seus ingredientes e costumes. Temperar a comida então, sempre foi uma prática levada tão a sério que, nos primórdios dos anos 1500 (d.c) conduziu toda a civilização europeia a romper dificuldades da época, a ponto de enviar homens e navios em rotas desconhecidas pelo Oceano Atlântico, à procura de especiarias, contornando a costa Africana ao encontro das Índias – de onde adivinha vários e valorosos temperos como: cravo, canela, anis, cúrcuma, gengibre e pimenta-do-reino que enriqueceram de vez a diversidade da gastronomia global.

 

Durante toda a existência humana na Terra, a culinária reflete o próprio testemunho da evolução da humanidade. Afinal, a busca por sabores e técnicas se entrelaçou ao progresso da sociedade. Ao longo das eras, a culinária vem se transformando em uma arte, influenciada pela cultura, geografia e recursos disponíveis em cada região. A Revolução Industrial trouxe a produção em massa e mudou a forma como os alimentos são preparados, servindo como um ponto de partida para a prática moderna.

 

Nos tempos atuais, a gastronomia começou a ser reconhecida como uma forma de expressão artística, com profissionais inovadores. A televisão e a Internet democratizaram o acesso para as receitas e técnicas, permitindo que pessoas de todo o mundo compartilhem, e também experimentem a riqueza da culinária global. Cozinhar hoje representa uma celebração da criatividade, da sustentabilidade e da consciência cultural. Ao vermos chefs de renome explorarem ingredientes locais e sazonais, respeitando o meio ambiente e valorizando a herança culinária de cada povo de cada nação, compreendemos mais facilmente esta arte. E não podemos deixar de nos remeter aos exemplos religiosos no compartilhamento da comida: o amor que é transmitido ao redor da mesa com o pão e o vinho. 

 

Diz o ditado popular: “comer é um dos prazeres da vida”. Acrescentamos: melhor ainda, é podermos desfrutar das mais belas e deliciosas receitas culinárias existentes ao redor do mundo, ladeados de amigos, gerando memórias afetivas e fazendo da confraternização, um gesto de amor.

 

*Rafael Miguel de Melo

Goiano e baiano desde 1999, empresário do ramo Industrial Moveleiro apaixonado por Gastronomia.Faz parte da Confraria Prestige e da obra Chefs Prestige.

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