A Flipelô 2024, realizada no icônico Pelourinho, coração histórico de Salvador, foi uma experiência inesquecível e transformadora. Cercados pelas ladeiras e cenários imortalizados por Jorge Amado, vivenciamos a riqueza cultural que define este lugar. A Flipelô é um verdadeiro marco para a literatura baiana e brasileira, e estar no Pelourinho, onde a história e a cultura se entrelaçam, foi inspirador para debatermos temas essenciais como democracia, sonhos e cidadania.
A mesa “Democracia, Sonhos e Cidadania: A Cidade Flutuante e a Sociedade Alternativa dos Livros”, realizada na histórica Igreja São Pedro dos Clérigos, trouxe uma reflexão profunda sobre o papel da arte, da política e da cultura na construção de uma sociedade mais justa. O espaço, com sua arquitetura imponente e resiliência histórica, foi o cenário perfeito para discutirmos como a sociedade se reinventa, assim como a própria igreja, reconstruída após o deslizamento do penhasco da Cidade Alta.
A Influência da Arte e da Política na Construção de Cidadania
Entre os participantes da mesa estavam Vitório Tibiriçá, especialista em Políticas Públicas, e Silvana Machado, artista multidisciplinar e psicóloga especializada em Gestalt-Terapia, com mediação de Fabiana Aragão, editora e criadora da FutucaCuca Editora e Escritório de Histórias. Suas falas enriqueceram o debate ao conectar como a arte e a política moldam uma sociedade mais inclusiva e democrática. A partir de suas perspectivas, ficou claro que a cidadania ativa vai além do voto, estendendo-se à participação em conselhos e comitês que moldam nosso futuro.
A nossa contribuição ao debate também abordou as obras “Tenório e a Cidade Flutuante” e “Maga Mya e o Carrossel do Tempo – Vol. 1: Mulheres Fortes da História”, que exploram a relação entre representatividade, cidadania e transformação social. Ambas as histórias dialogam sobre como o poder da narrativa pode influenciar as engrenagens da sociedade.
Cidadania, Inclusão e o Papel Transformador da Cultura
Um dos pontos altos da mesa foi a discussão sobre a interconexão entre cultura e cidadania. Ser cidadão é lutar pelos direitos e pela justiça, mas também respeitar os direitos dos outros. Usamos a metáfora da política como uma reunião de condomínio, onde todos têm deveres e responsabilidades. Através do diálogo e da participação ativa, é possível construir uma sociedade mais justa e inclusiva.
Outro aspecto crucial foi a acessibilidade e representatividade nas narrativas. É essencial que as histórias que contamos e consumimos incluam todas as vozes, desde crianças até minorias sociais, promovendo um ambiente inclusivo. A arte e a cultura têm o poder de transformar mentes e abrir portas para uma cidadania mais plena.
O Legado da Flipelô 2024: Continuando a Construção de uma Sociedade Mais Justa
A experiência na Flipelô 2024 nos deixou com a certeza de que ainda há muito a ser feito. Salvador, com seu vibrante centro histórico, deve continuar a pulsar com arte e cultura, preservando sua história enquanto escreve novas páginas de inclusão e cidadania. A política, assim como a cultura, é parte fundamental desse processo de transformação.
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SILVANA MACHADO * Artista multidisciplinar e Psicóloga especializada em Gestalt-Terapia. Com vasta experiência internacional como artista.